Com o aumento acelerado de novas plataformas de vendas, os vendedores passam a ser o centro das atenções
O surgimento dos Marketplaces acelerou um crescimento que já vinha a acontecer na última década: as vendas no comércio eletrónico. Com uma imensa demanda a brotar nos quatro cantos do mundo, apenas os websites e aplicações disponíveis não estavam a dar conta. Além disso, eles limitavam o alcance dos produtos pelos consumidores e a performance dos vendedores.
Um novo comportamento de mercado foi estabelecido quando os primeiros Marketplaces apareceram, numa espécie de “shopping centers online”, desde que vários vendedores, de artigos e marcas variadas, puderam expor as suas mercadorias no mesmo sítio para “disputarem” os clientes.
Mas o foco inicial nos clientes que, afinal, são o motivo das plataformas de vendas existirem, está já mudando. Agora, a atenção é para aqueles que alimentam os Marketplaces de conteúdo: os vendedores. Atualmente, num cenário – repleto – de novos Marketplaces, a escala só virá para aqueles que se concentram tanto nos seus vendedores quanto nos seus clientes.
Novas plataformas de vendas surgem todos os dias, ao passo que novos utilizadores de internet tornam-se consumidores online.
O círculo “virtuoso” das plataformas de vendas
Hoje, estima-se que ao menos 50% das vendas online feitas mundialmente aconteçam via Marketplaces. A estimativa é de que estes representem 70% do comércio digital até 2025. Sejam gigantes do retalho, como a Amazon e o eBay, ou plataformas direcionadas a nichos específicos, como o Chrono24 e o Bazar Desportivo, o número de Marketplaces cresce diariamente.
Deste modo, a roda das plataformas de vendas promete não parar mais de girar. À medida que mais consumidores descobrem as vantagens de investigar e adquirir produtos através dos Marketplaces, mais marcas as usam para alcançar os clientes. Por sua vez, mais vendedores disponíveis atraem mais clientes em busca de opções e bons negócios.
Marketplaces a disputar clientes e vendedores
Se antes era uma ferramenta fundamental para os pequenos retalhistas, agora ter uma plataforma de vendas é também um objetivo dos grandes. Uma investigação feita pela Checkout.com, empresa fornecedora global de soluções de pagamentos, revela: 26% dos retalhistas com receitas de mais de US$ 1 mil milhões planejam adicionar um Marketplace à sua oferta de comércio eletrónico nos próximos 12 meses.
Os Marketplaces são, sem dúvidas, um espaço disputadíssimo na economia digital. Há lugar para todos, por algum tempo, mas para escalar e tornar-se mais um gigante irá ser necessário, sobretudo, focalizar em atrair mais vendedores para as plataformas. Estes têm cada vez mais a faca e o queijo na mão, ou seja, mais poder com mais opções do que nunca sobre onde vender os seus produtos.
Um novo nível de experiência do vendedor
Este é o momento dos “sellers” aproveitarem a grande vantagem a seu favor. Os Marketplaces estão a oferecer cada vez mais ferramentas e facilidades para atrair os vendedores. Segundo uma investigação da Visa Direct, 95% dos vendedores de Marketplaces estão em mais de uma plataforma, enquanto que 44% estão a avaliar em qual irão ingressar em seguida.
Por isso, o vendedor tem o poder de escolher uma plataforma que permita o upload rápido de seus produtos para que comece a ganhar dinheiro imediatamente. Não é, deste modo, interesse lidar com formulários longos, solicitações desnecessárias de documentos e a obrigatoriedade de uma intervenção manual.
Ao mesmo tempo, os Marketplaces precisam de preocupar-se cada vez mais com as medidas de segurança e o acesso aos clientes que lhes é conferido. Os operadores das plataformas têm ainda de conferir a eficiência de alguns processos dos vendedores, como as experiências de checkout, a conversão de clientes e a garantia de que as transações sejam autorizadas com sucesso.
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